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Arquitetos: Juan Pablo Denzoin, María Victoria Deguer , Luciana Cicconi; Juan Pablo Denzoin, María Victoria Deguer , Luciana Cicconi
- Área: 221 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Laura Deguer
Descrição enviada pela equipe de projeto. Reforma e ampliação de uma casa existente, antiga Sede do Distrito 8 do Colégio de Arquitetos da Província de Buenos Aires. Um Colégio de Arquitetos constitui o lugar de encontro do saber arquitetônico, sendo ele responsável por enriquecer o olhar do arquiteto em relação à cidade, o contexto e a sociedade.
É responsável por regular as relações entre colegas, estimular o progresso cultural tecnológico da cidade, controlar o desempenho da profissão, fomentando o serviço social como um objetivo comum. Consideramos que o edifício deve constituir o lugar do arquiteto na sociedade, onde se trabalhe para a sociedade. Por esta razão, propomos uma imagem institucional de referência que identifique o profissional na cidade.
Implantação
É um edifício de forte presença volumétrica que conjuga o caráter institucional com o entorno residencial. Próximo à Av. Colón, uma das vias centrais da cidade, permite uma primeira visão do edifício como entidade significante.
A síntese e o contraste da proposta volumétrica enfatizam a tectônica da arquitetura por um lado e a abertura por outro. O jogo de opostos entre o fechado e o aberto, gera uma grande abertura do edifício em direção à rua, gerando uma "grande janela translúcida à cidade", que integra o entorno ao interior do edifício, o convertendo em uma extensão do espaço público que termina em outro espaço, o pátio dos fundos. As escalas arquitetônicas constituem um aspecto relevante, onde a sequência gradual cidade-edifício-atividade é integrada e reconhecível.
A Proposta
Partindo da valorização de uma situação de volumetrias existentes e da superfície total do terreno (9,55 x 12,86m), foi projetado um edifício funcional, econômico, flexível e de grande riqueza espacial.
O Tangível e o Intangível
A síntese material e a iluminação estratégica são aspectos característicos da sede, os quais acompanham a marca volumétrica e diferenciam o interior. São usados para indicar lugares, gerar dinamismo, e criar espaços sensíveis próprios da "casa de um arquiteto".
Enquanto à materialidade, os pisos de porcelanato, os interiores com acabamento em gesso, os forros combinados com placas, os mobiliários laminados, a marcenaria em alumínio preto lixados; se materializam em cores brancas, pretas e neutras que permitem que a simplicidade das linhas puras, definem planos e volumes geradores de espaços próprios de uma arquitetura moderna. Por outro lado, também estão presentes "pinceladas de cores opostas" (roxo e amarelo), em lugares onde se rompe com a estrutura da linguagem e são gerados espaços de caráter mais lúdico e dinâmico: no ladrilho dos banheiros e nas cores das circulações e sala de reuniões.
A iluminação é a protagonista do edifício. A luz zenital é um convite à concentração e reflexão, permitindo seu fechamento através de cortinas horizontais. A luz quente é utilizada para "destacar lugares" e gerar um "clima", e aparece na biblioteca, no forro, entre outros lugares. A luz branca, por sua vez, é utilizada em lugares de circulação e de trabalho.